quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Paulistão!


E o Paulistão, que já foi apontado como o estadual mais forte do país, apresenta um nível sofrível, sobretudo com relação às equipes do segundo escalão, tirando os grandes clubes da capital.
O início do regional sempre foi marcado pelo crescimento dos times do interior por causa da preparação física, já que estes times começam a treinar bem antes que os chamados grandes. Isso faz com que os “nanicos” disparem à frente, dando um molho especial à competição. Mas...
Neste ano, nem a preparação antecipada encobre a supremacia de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos. É verdade que o estadual não completou ainda nem a sua segunda rodada, mas ao menos para este blogueiro fica claro que não existe uma potencia entre os chamados clubes de menor expressão.
No popular, o Paulistão apresenta o mesmo filme de edições passadas, ou seja, clubes fracos, tirando os quatro grandes, tornando a competição fragilizada, principalmente no fator competitividade. Lamentável...
Àqueles que acompanham o futebol de perto, sabem que o interior paulista perdeu muita força nos últimos anos. Clubes como Guarani, Ponte Preta, Botafogo, Comercial, Ituano e Cia. sempre apresentaram equipes fortes no estadual, fazendo com que os grandes clubes sofressem, sobretudo nos jogos no interior do estado.
No entanto a realidade atual não é mais essa. Os clubes perderam força, apoio e a má administração fizeram com que algumas agremiações até sumissem do mapa literalmente. A entrega do departamento de futebol a empresários é também uma estratégia comum nos dias de hoje, o que mina não só a tradição do clube, mas também o seu futuro. Está mais do que provado que o chamado “time de aluguel” não é a saída para nenhuma equipe.
Com a fragilidade dos chamados pequenos, o Paulistão sofre com uma fórmula de disputa arrastada, a qual ajuda a expor ainda mais a mediocridade da maioria dos clubes que o disputa. No total, 19 rodadas têm de ser jogadas até chegar ao mata-mata, que aí sim impõe emoção ao torcedor.
O Paulistão precisava ser reformulado, com menos datas e contando também com clubes mais fortes no interior do estado. No entanto para que isso aconteça seria preciso uma mudança de pensamento e filosofia de trabalho, o que leva tempo e precisa de conscientização de quem manda. Sendo assim, um estadual arrastado promete desafiar a paciência do torcedor, mais uma vez...

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