sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Dois gigantes, 94 anos de história e um título em jogo


Que me perdoem são-paulinos e santistas, mas rivalidade igual a entre Corinthians e Palmeiras não existe no estado de São Paulo. Prova disso são os 94 anos que o dérbi carrega de emoção, lágrimas, sorrisos, revolta... Os dois principais arquirrivais do estado estarão frente a frente neste domingo, no Pacaembu, em mais um capítulo imperdível da história do confronto. O jogo vai valer taça, porém só para o Alvinegro. Ao Alviverde estará em disputa a rivalidade e, é claro, a chance de tirar do rival o quinto título nacional.
Essa é uma partida que vale muito, apesar do momento distinto das equipes. O Corinthians busca sua quinta estrela nacional, enquanto o Palmeiras pretende "apenas" terminar o Brasileirão de forma digna. Neste caso, leia-se: vencendo o rival e tirando o título da Fiel ou pelo menos carimbando a faixa de campeão do adversário.
Em tempo: para perder o título, o Timão terá que cair diante do Palmeiras e o Vasco superar o Flamengo, no Rio. Dsta forma, a taça irá para São Januário, o que tornará o time cruzmaltino também um pentacampeão nacional. E com toda justiça.
A cidade de São Paulo respira o dérbi. Corintianos, um tanto quando confiantes na conquista até a semana passada, agora foram tomados de uma desconfiança que deixa até o mais fanático com a pulga atrás da orelha. Isso reflete respeito a história do confronto e consequentemente ao rival, que é repudiado entre os alvinegros, porém respeitado.
Os dias demoram a passar. Hoje é ainda quinta-feira. A decisão será apenas no domingo, porém o assunto domina as rodinhas de amigos e os programas esportivos desde o domingo à noite. A “tática” da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de marcar os clássicos estaduais para as duas últimas rodadas, foi um tiro em cheio na rivalidade. Uma atitude acertada e que enche agora corintianos e palmeirenses de certezas, incertezas, confiança, desconfiança... E por aí vai.
O dérbi não tem favorito. Isso é também histórico. O Corinthians é melhor, tem mais elenco, está a um empate do título e pega um Palmeiras que cumprirá tabela. Um Verdão que se perdeu em meio ao campeonato, não fazendo jus à tradição de clube supercampeão. Mas e daí?
A rivalidade agora é o que motiva os comandados de Luís Felipe Scolari. E só isso basta. O prêmio prometido pela diretoria por uma vitória no dérbi - R$ 20 mil para cada jogador - também injeta ânimo, sem dúvida, mas não é o principal combustível para buscar a vitória.
Corinthians e Palmeiras é assim. Um duelo histórico, movido pela rivalidade, mas também pelo respeito. Um confronto de gigantes e, como tal, sem favorito. Corintianos e palmeirenses sabem disso. Por isso a desconfiança e a ansiedade pairam no ar. Existe apenas uma certeza absoluta: dérbi igual a esse não há no estado, com todo respeito aos demais rivais.

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